Com o envelhecimento da população mundial e, consequentemente, a inversão da pirâmide etária incluindo a brasileira, doenças crônicas não transmissíveis serão cada vez mais comuns. Dentre elas destaca-se a doença de Parkinson, enfermidade neurodegenerativa, que acarreta sinais e sintomas motores como tremor de repouso, rigidez, instabilidade postural e fraqueza muscular, e não motores, como disautonomia, déficits cognitivos e transtornos mentais. Tais sinais e sintomas desenvolvem prejuízos nas atividades de vida diária e qualidade de vida das pessoas acometidas pela doença. Nesse contexto, o estudo de processos avaliativos específicos para essa população é necessário, bem como, a investigação da prescrição de exercícios físicos que possam promover efeitos benéficos nesses indivíduos.

O consumo de oxigênio bem como o limiar anaeróbio vem sendo utilizado para caracterizar a capacidade aeróbia dos indivíduos. Uma das características de indivíduos não treinados ou não adequadamente adaptados ao treinamento é a fadiga precoce em resposta ao exercício, portanto, a manipulação de variáveis de treinamento, bem como o uso de adaptógenos, que são moléculas derivadas de alimentos funcionais, pode representar uma importante ferramenta para a treinabilidade e melhoria na qualidade de vida destes indivíduos. Neste contexto, este projeto busca avaliar o efeito do exercício agudo ou crônico, associado ou não ao uso de adaptógenos, sobre parâmetros ergoespirométrico, percepção de fadiga e desempenho físico.

As doenças cardiorrespiratórias crônicas são capazes de levar a disfunção muscular periférica. Essa condição representa um dos mecanismos de limitação ao exercício físico e da pobre qualidade das atividades de vida diária dos pacientes. Portanto, o presente projeto tem por objetivo estudar os parâmetros fisiológicos que melhor descrevam as condições clínicas dos indivíduos e estratégias terapêutica para melhora do desempenho físico.

O estilo de vida sedentário associado com baixo gasto energético e o padrão alimentar ocidental tem sido relacionado a ocorrência de obesidade e desordens metabólicas, como altas concentrações sanguíneas de biomarcadores de estresse oxidativo e de citocinas inflamatórias, que são potenciais fatores de risco doença cardiovasculares e diabetes mellitus do tipo 2. Por outro lado, indivíduos que realizam treinos de alta intensidade e/ou de longa duração apresentam elevado gasto energético diário, tendo necessidade de consumo alimentar balanceado e nutricionalmente adequado, para evitar lesões musculoesqueléticas, prejuízos na composição corporal, densidade mineral óssea, entre outros. Dessa forma, este projeto investiga o gasto energético diário e o consumo alimentar habitual; busca associar o gasto energético diário e o consumo alimentar habitual com fatores de risco cardimetabólicos; propor pontos de corte de gasto energético diário relacionado com os desfechos cardiometabólicos; avalia o gasto energético de repouso de indivíduos altamente treinados e propõe equações de estimativas dessa variável; avalia o gasto energético e o consumo alimentar de indivíduos que realizam treinos de alta intensidade e/ou longa duração; e busca associar o balanço energético de indivíduos que treinam em alta intensidade com biomarcadores de lesão muscular, composição corporal, densidade mineral óssea e outros parâmetros relacionados à saúde.

Alterações no funcionamento do encéfalo influenciam a regulação da periferia, do mesmo modo que alterações na periferia influenciam a atividade mental, o afeto e o comportamento. A Psicofisiologia é a ciência que estuda essa comunicação, sendo de fundamental importância para o entendimento de como o corpo humano responde a diferentes estímulos, que inclui o exercício físico. Sendo assim, este projeto investiga os determinantes psicofisiológicos do afeto e do comportamento humano; investiga as vias de sinalização que comunicam a mente com o corpo; e analisa os efeitos do exercício em doenças mentais.

Este projeto investiga efeitos de exercícios aplicados ao corpo e a mente, oferecendo subsídios para utilização de práticas que contribuam para o conhecimento da integração corpo-mente no equilíbrio psicofisiológico e no manejo de dores crônicas psicossomatizadas, visando a promoção do bem-estar e saúde. Utilizam-se práticas como yoga, meditação em movimento, técnicas respiratórias e atenção plena, que influenciam na interocepção, autorregulação emocional e a atividade cortical. Padrões neurofisiológicos relacionados à consciência corporal, ao relaxamento e à modulação da percepção da dor são avaliados primariamente por eletroencefalograma.